O observatório Solar Dynamics, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), registrou uma cratera “gigante” no Sol. Com cerca de 800 mil quilômetros quadrados, o chamado buraco coronal tem o tamanho equivalente a 60 planetas Terra. A abertura está localizada na coroa solar, a camada mais externa da atmosfera do Sol.
A descoberta aconteceu no último domingo (3). Os cientistas acreditam que o buraco só foi registrado agora porque, com a rotação do astro, a cratera se virou para a Terra. Segundo a Nasa, o fenômeno é considerado comum e pode aparecer em qualquer lugar do Sol. Porém, o buraco registrado nesse domingo é bem maior que os verificados anteriormente.
Mas o que são os buracos coronais? De acordo com a agência norte-americana, eles são criados quando os campos magnéticos do Sol se abrem repentinamente, fazendo com que o conteúdo presente na superfície do astro se dissipe em forma de vento solar. No local, ficam manchas escuras, mais densas e frias, que o restante do Sol.
A Nasa afirma que o buraco encontrado nesta semana pode impactar a vida na Terra, já que com a abertura, o Sol libera feixes de radiação mais altos que o normal. Além disso, o vento solar que sai desse buraco vêm, em grandes quantidades, para a Terra. Isso pode fazer com que haja uma tempestade geomagnética de nível moderado (G2) – a escala vai de G1 a G5.
A tempestade pode causar falhas em sistemas elétricos, além de aumentar a aparição de auroras boreais e austrais (nos polos norte e sul do planeta respectivamente). Os satélites e ondas de rádio também podem sofrer impactos. (Itatiaia)
