A manhã desta quinta-feira (5) foi marcada por profunda tristeza no Colégio Estadual Santa Gemma Galgani, localizado no bairro Barreirinha, em Curitiba. A professora Rosane Maria Bobato, de 67 anos, passou mal enquanto ministrava aula e, apesar da chegada rápida do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), não resistiu. A causa da morte foi um infarto. Ela chegou a procurar apoio na coordenação da escola ao sentir-se mal, sendo prontamente acolhida, mas veio a óbito ainda nas dependências da unidade. Em sinal de luto, as aulas desta sexta-feira (6) foram suspensas. Representantes da APP-Sindicato estiveram presentes no colégio para prestar solidariedade à comunidade escolar e à família da educadora. O sepultamento acontecerá em Imbituva, município no interior do Paraná, onde Rosane mantinha raízes afetivas. A notícia gerou grande comoção entre alunos, colegas de profissão e ex-alunos, que prestaram diversas homenagens nas redes sociais. Uma ex-estudante destacou a doçura e a dedicação da professora, relembrando o impacto positivo que ela teve na formação de muitos jovens. Outra mensagem emocionada trouxe à tona lembranças afetivas de projetos, atividades culturais e gestos de carinho vividos na escola, evidenciando o legado afetivo deixado por Rosane. Em nota, a APP-Sindicato manifestou pesar e reforçou a importância da trajetória da educadora, ressaltando sua dedicação à docência e o respeito conquistado ao longo dos anos entre estudantes e colegas. A deputada estadual Ana Julia (PT) também expressou solidariedade à família e à escola, alertando para o cenário preocupante vivido pelos profissionais da rede pública paranaense. De acordo com ela, somente no ano passado, 8.888 professores foram afastados por problemas relacionados à saúde mental. A parlamentar lembrou ainda que recentemente outra docente perdeu a vida dentro de uma escola da capital, o que reforça a sobrecarga e a falta de estrutura no ambiente de trabalho. O falecimento de Rosane acontece menos de uma semana após a morte da professora Silvaneide Monteiro Andrade, registrada na última sexta-feira (30), no Colégio Cívico-Militar Jayme Canet, também em Curitiba. As duas perdas em tão curto intervalo expõem um retrato alarmante das condições enfrentadas por profissionais da educação no Paraná. (Blog do Anderson)